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Parte 1: Cerrado e o Aquecimento Global

                    
Elevação da temperatura em algumas cidades goianas e as suas conseqüências 



De: Danilo Bueno
         
            O comportamento do homem em relação à natureza tem deixado o Planeta Terra cada vez mais quente. Com o mau uso dos recursos hídricos, o consumo exagerado de energia e de petróleo e os inúmeros tipos de poluições existentes, estão elevando a temperatura em todo o mundo e não poderia ser diferente aqui em nosso bioma: o Cerrado.
            Um estudo realizado pela Revista Veja, revela que se as providências não forem tomadas, as conseqüências em relação ao aquecimento global serão catastróficas, como derretimento das geleiras, elevação do nível do mar e da temperatura e dentre outras, com isso afetando todo o planeta e causando grandes impactos ao meio ambiente e ao ser humano.
            O grande crescimento das atividades agrícolas, pecuárias e industriais no Centro-Oeste, e principalmente no Estado de Goiás tem sido o fator determinante para um dos efeitos do aquecimento: aumento das temperaturas (máximas e mínimas) em algumas cidades.
A devastação do cerrado começou na década de 60, quando uma idéia mal interpretada, dizia que as árvores tortuosas, a vegetação rasteira (comunidade ou vegetação primária), e exótica não tinha valor quanto a Floresta Amazônica. Portanto, por causa desse fator irracional, os fazendeiros e produtores tinham consigo que a Floresta Amazônica deveria ser preservada e conservada e o Cerrado não, pois se enquadraria nesse aspecto devido a sua formação vegetal.
Foi nesse pensamento errôneo que começou a destruição do segundo maior bioma do Brasil. Contudo, vinha o crescimento do Estado, que junto ao clima tropical que favorece cultivação de grãos e criação de animais, a devastação já tinha tomado conta de todo o território estadual, e assim, o cerrado foi virando, pastos e lavouras.
Agora após 40 anos o cerrado perdeu 60% de sua vegetação, isso mesmo, 60%. Triste? Sim, além disso, é preocupante e alarmante! A transformação do verde em carvão, pastagens e plantações está a todo vapor, e assim vamos convivendo com a decadência do verde rasteiro e tortuoso, dia após dia.
Devido a essa grande perda do cerrado, as conseqüências estão sendo sentidas pela população com o passar dos anos. Imagens feitas de satélites mostram que as regiões Sudeste e Sudoeste de Goiás foram as mais atingidas com esse tipo de agressão e isso tem interferido na temperatura da mesma, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.
De acordo com o Instituto, a temperatura nessas regiões subiu cerca de 2 ºC. Na cidade de Jataí, de 1990 até 2007, a temperatura subiu de 28 ºC para 30 ºC e a mínima de 11 ºC para 13 ºC. Já na Região Sudeste, as cidades de Catalão e Ipameri a media subiu cerca de 1,5 ºC nos últimos 15 anos. Ipameri a máxima era de 27,5 ºC e hoje os moradores já percebem que a temperatura aumentou e chega a 29,5 ºC. Em Catalão também houve essa mudança na temperatura, saindo da casa de 28 ºC e chegando a 30 ºC a sua máxima.
Como podemos observar os índices de temperatura são reflexos de alguns atos que não estão correspondendo ao que o nosso Cerrado pode oferecer. Estamos simplesmente agindo de forma impensável e obscura, com isso atraindo a nós o efeito conseqüente de nossas próprias ações.
Tudo poderia ser evitado se pudéssemos agir de forma sustentável e conversadora, pois só assim, tendo nas mãos as boas práticas, poderemos garantir a nossa existência e as futuras gerações um bioma agradável para se viver.
Agora, o que vemos não é mais projeção, é a simples realidade. As nossas ações a partir de agora poderá contribuir para que os efeitos e as conseqüências de nossos atos não sejam destrutivos a nossa espécie humana.

            Bibliografia:
  • Instituto Nacional de Meteorologia:
             http://www.inmet.gov.br/

  • Sistema de Meteorologia e Hidrografia de Goiás:
             http://www.simego.sectec.go.gov.br/

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